Artigo de Opinião de Anabela Fernandes da Agência de Ecologia Urbana do Eixo Atlântico
Nos dias que correm as entidades que pretenderem alcançar posições de liderança, devem adotar instrumentos de planeamento estratégico na sua gestão para se tornarem competitivos e atrativos.
Neste contexto, é necessário assinalar que a Agenda 21 Local é um documento estratégico, porque parte de um modelo que orienta todas as ações municipais no sentido de se conseguir um desenvolvimento do território mais sustentável, é transversal porque inclui todos os âmbitos da vida local, urbana ou rural e implica todos os responsáveis políticos, técnicos e a comunidade.
A Agenda 21 não foi apenas o primeiro documento a especificar o carácter das Estratégias de Desenvolvimento Sustentável propostas na cimeira do Rio (1992), foi também o primeiro documento que incentivou todos os países a desenvolverem em conjunto tais estratégias através do envolvimento de uma ampla variedade de partes interessadas.
É sabido que as iniciativas de âmbito local têm limitações na sua capacidade de atuação, pois a maioria das decisões estratégicas são tomadas ao nível estatal ou europeu, mas também é precisamente a esta escala, que têm sentido muitas das atuações e iniciativas destinadas à obtenção dos objetivos propostos noutros níveis de decisão.
Para que um município tenha capacidade de resposta às decisões estratégicas impostas por entidades superiores é necessário que disponha de informação estruturada que fundamente as decisões e que adote uma visão estratégica, devendo para isso recuperar instrumentos de planeamento estratégico como é o caso da Agenda 21 Local e que os utilize como tal.